“Se baterem, cantem!” relembra maior prisão estudantil da ditadura e lança luz sobre resistência em 1977
10/10/20251 min read


Em tempos de reflexão sobre democracia e participação política, o lançamento do livro Se baterem, cantem! chega como um chamado à memória e à resistência. A obra, organizada por Cândida Lemos e publicada pelo Grupo Editorial Quixote, resgata o maior episódio de prisão coletiva da ditadura militar: 850 estudantes detidos em Belo Horizonte, em 1977, por tentarem reconstruir a União Nacional dos Estudantes (UNE).
Mais do que um registro histórico, o livro é um mergulho na coragem de uma geração que enfrentou a repressão com cantos, palavras e mobilização. A narrativa é construída a partir de entrevistas com estudantes da época, jornalistas que cobriram o evento e uma extensa pesquisa em jornais, panfletos, cartazes e documentos oficiais — incluindo arquivos da Polícia Federal, Justiça Militar e do temido SNI.
O prefácio, assinado por Luiz Fernando Emediato, que vivenciou o episódio como estudante e repórter, reforça o tom emocional da obra. “Ler este livro desperta e estimula este sentimento”, afirma, ao lembrar da força coletiva que marcou aquele momento.
Se baterem, cantem! também contextualiza o papel do movimento estudantil na segunda metade dos anos 1970, até a reconstrução da UNE em 1979, num período em que a sociedade civil começava a se mover rumo à redemocratização.
📌 Serviço
Livro: Se baterem, cantem! – Estudantes desafiam a ditadura em 1977
Organizadora: Cândida Lemos
Autoria: Angela Drummond, Cândida Lemos, Izabel Zoglio, Samira Zaidan, Virgínia Castro
Editora: Grupo Editorial Quixote
Páginas: 376
Preço: R$ 53,00
Lançamento: 11 de outubro de 2025 – Belo Horizonte
Onde comprar: quixote-do.com.br, Amazon e principais livrarias
